terça-feira, 18 de outubro de 2011

Síntese da leitura de Lev Vygotsky (1896 – 1934)

Síntese da leitura de Lev Vygotsky (1896 – 1934)
A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
Segundo Vygotsky todo aprendizado é necessariamente mediado tornando o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante e cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno, pois o ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidades que ainda não domina completamente, “puxando” dela um novo conhecimento.
O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança.

Bancos de projetos

Atividade 1.4 – BANCO DE PROJETOS
PROJETO: POESIA NA ESCOLA
1. JUSTIFICATIVA
O contato com a poesia sempre esteve presente em nossas vidas, seja nas cantigas de roda, nas parlendas, nos trava-línguas e nas adivinhas da nossa infância ou nos bilhetinhos, frases de amor nas agendas ou músicas que ouvimos na adolescência. Para muitos de nós a poesia vai-se perdendo com o passar dos anos e alguns culpam a escola por essa perda. Acreditamos, porém, que a escola pode e deve ser um lugar onde a aproximação com a poesia aconteça concretamente, permitindo ao aluno, conhecer autores e estilos, reavivando a capacidade de olhar e ver o que é a essência do poético, através de atividades que permitam uma compreensão maior da linguagem poética e lhe dê condições para que ensaie seus próprios passos em poesia.
O Projeto Poesia na Escola trabalhará a fala, a leitura e a escrita por meio de poemas e atividades de pesquisas, análises, interpretações, exposição de idéias, composições, reescrita e reestruturação, onde o aluno poderá expor suas emoções através dos recursos tão expressivos da linguagem poética.
2. OBJETIVO GERAL
Ø  Aproximação com a linguagem poética, no sentido de familiarizar o aluno com a poesia, para que tenham prazer em ler e ouvir poemas e, sobretudo, para que se sinta motivado a expor suas emoções, dar liberdade de criar, brincar com as palavras, fluir sua imaginação.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ø  Despertar o prazer em ler poemas;
Ø  Ter maior compreensão da linguagem poética, levando a revelar idéias, opiniões, sentimentos e talentos ao escrever poemas;
Ø  Tornar o aluno mais competente na comunicação oral e escrita e na busca independente de conhecimentos relacionando essas práticas à vida cotidiana;
Ø  Identificar-se com os sentimentos nas poesias lidas;
Ø  Assegurar a função social da escrita, fazendo com que os poemas produzidos pelo aluno tenham um leitor real, pois serão expostos em varais e murais. Alguns poemas serão selecionados para fazerem parte de uma coletânea e participarem do Concurso de Intérpretes;
Ø  Valorizar os resultados do trabalho individual e coletivo, celebrando o sucesso alcançado.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os princípios teóricos que norteiam nosso trabalho literário em prosa, na sala de aula, estão pautados na teoria sóciointeracionista da linguagem. Na concepção de Bakhtin, a linguagem é analisada a partir da interação entre os indivíduos dentro de uma prática social; a língua não é apenas um amontoado de palavras, nem é individual, mas acontece através da interação verbal, abrangendo todo o conhecimento que o locutor possui do interlocutor (destinatário), na sua responsabilidade e no diálogo, dentro de um sentido mais amplo, seja na fala (quem fala, fala para alguém e com alguém), na leitura (quem lê, decodifica, compreende, interpreta e apreende algo) e na escrita (o que se escreve responde a alguma coisa, pois confirma, discute ou propõe algo a um grupo social).  Assim, afirma Bakhtin: A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas lingüísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico, de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua. Mas pode-se compreender a palavra “diálogo”, num sentido amplo, isto é, não apenas com a     comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda comunicação verbal, de qualquer tipo que seja (1992,p.123).
Os enunciados sempre se organizam com determinadas finalidades de ordem temática, composicional e estilística, que os enquadram pelas suas características como pertencentes a este ou aquele gênero. Assim, tomamos o conceito de gênero como objeto para o ensino. Bakhtin (1992) compreende que esses enunciados são individuais quando utilizados isoladamente, mas em outras situações a língua constrói enunciados relativamente estáveis denominados gêneros do discurso e que essa fartura de construções e formas pode variar, de um bilhete a uma poesia.
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Educação Básica do Paraná definem gênero da seguinte forma: O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato real do estudante com a multiplicidade de textos produzidos e que circulam socialmente. Esse contato com os gêneros, portanto, tem como ponto de partida a experiência e não o conceito. Nessa concepção, o texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo. Acrescente-se a isso que as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem para o âmbito da discursividade as relações sociais (SEED, 2006, p. 21).  Bakhtin (1992, p. 123) coloca que “o discurso escrito é de certa maneira integrante de uma discussão ideológica em grande escala: ele responde a alguma coisa, refuta, confirma, antecipa as respostas e objeções potenciais, procura apoio, etc.” Assim, diríamos que na produção escrita são as condições de escrita que determina o discurso: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que escreve, por que escreve, quando, onde e como se escreve. Também consideramos que cada gênero textual possui suas particularidades: a composição, a estrutura e o estilo que variam conforme a produção de uma poesia ou um bilhete. Essas composições devem ser apresentadas aos alunos a partir de experiência reais e para que eles se envolvam com os textos que produzem e assumam a autoria do que escrevem. Em relação à escrita, Garcez se posiciona da seguinte forma: [...] o texto escrito, enquanto ação com sentido constitui uma forma de relação dialógica que transcende as meras regras das relações lingüísticas, é uma unidade significativa de comunicação discursiva que tem articulações com outras esferas de valores. Exige a compreensão como resposta, e esta compreensão configura o caráter dialógico da ação, pois é parte integrante de todo processo da escrita e, como tal, o determina (1998, p. 63).
Nesse contexto nos interessa colocar que poesia será nossa opção de proposta de trabalho com objetivos previamente delineados, com ações planejadas e avaliadas quanto ao processo e produto final, sempre buscando auxiliar a formação dos alunos no processo ensino-aprendizagem, tornando-os leitores e produtores de textos mais proficientes. Nessa proposta, cabe ao professor de Língua Portuguesa propiciar a leitura e a escrita do gênero poético, pois é seu o papel de mediador do conhecimento no processo ensino-aprendizagem, através de estratégias e de uma postura educadora, interagindo e propiciando o crescimento intelectual do aluno.
5. METODOLOGIA
A emoção flui em cada ser humano de forma diferente e aproximando essa emoção da linguagem poética, procuraremos fazer com que o aluno se integre e interaja efetivamente ao ambiente escolar.
As atividades desenvolvidas no projeto visam relacionar e conhecer poemas diversos, sensibilizar os alunos para uma observação mais apurada dos elementos com as quais as palavras se entrelaçam em uma poesia, oportunizar o acesso à linguagem poética e expressar sua emoções criando seus próprios poemas. Também dará condições ao educando, através da oralidade, leitura e escrita, ampliar sua capacidade comunicativa e sua inserção no espaço em que vive, tornando-o um aluno mais motivado, mais participativo e mais questionador, ampliando suas possibilidades de aprendizagem.
O projeto Poesia na Escola será desenvolvido nas seguintes etapas:
1ª Etapa: Apresentar a proposta aos alunos ressaltando a importância de conhecer e ser capaz de apreciar e produzir poesias, mostrar credibilidade no potencial e na capacidade de cada um, de forma a trabalharem intensamente, produzindo e aprendendo. Propor que participem das atividades e mostrem que sabem, são capazes e podem transformar as palavras em arte, levar o leitor a um mundo criado por eles.
2ª Etapa: Converse com eles sobre poesia, procure saber se conhecem alguns poemas, se gostam ou não e por quê. Desafie-os argumentando, que é preciso conhecer para gostar. Confira se identificam as canções populares como poema peça-lhes que registrem as letras das músicas que mais gostam no caderno e leiam para a turma, pois este pode ser o ponto de partida para introduzir outros poemas mais elaborados. Pergunte como sabem que se trata de poemas. Deixe que expressem suas idéias, procurando observar quais elementos dessa linguagem já são percebidos por eles.
3² Etapa: Traga livros de poesia para a sala de aula de deixe que leiam, mas peçam para observar o tema, os títulos, as ilustrações, os autores e outros detalhes que acharem interessantes. Peça-lhes que tragam para a aula seguinte, a poesia que mais gostaram registradas no caderno, para declamar ou ler para os colegas.
4ª Etapa: Após declamarem ou lerem as poesias trazidas, pergunte a razão da escolha e deixe-os expor suas idéias e opiniões. A seguir, apresente algumas poesias e proponha que leiam e observem os títulos, os temas, as ilustrações, a estrutura e aproveite para falar dos autores. Peça que escolham o poema que mais lhes chamou a atenção e expliquem a razão da sua escolha. Procure criar um clima de respeito, onde todos podem e devem expressar seus sentimentos e que serão acolhidos pelo grupo. Estimule-os e esclareça que a poesia atinge, sobretudo o emocional do leitor. Até esse momento é fundamental que os alunos comecem ou continuem a gostar de poesia.
5ª Etapa: Agora, você decidirá quais atividades relacionadas à poesia você vai trabalhar. Pode optar pelo acróstico (tipo de poema (rimado ou não) em que se coloca o nome de alguém é colocado na vertical, sendo que cada letra o início de um verso), pela paráfrase (espécie de texto que retoma a estrutura do original de outro, mas com reflexões ou idéias próprias) ou pela paródia (imitação cômica de uma composição literária). Caso ache interessante pode trabalhar mais de uma delas. Os poemas e as atividades serão trabalhados da maneira como você achar conveniente e depois do trabalho realizado, os alunos poderão expor suas produções no mural da escola ou fazer uma apresentação para outras turmas (no caso da paródia). O objetivo dessas atividades será sensibilizar os alunos para uma observação mais apurada dos elementos com os quais se tece a poesia.
6ª Etapa: Mais uma vez traga livros de poesias para a sala e faça outra aula de leitura, sem compromisso, ler por prazer, por distração, por gostar de poesias.
7ª Etapa: Este é o momento em que os alunos poderão produzir seus próprios poemas, peça-lhes que pensem em um tema bem interessante, você pode sugerir ou pedir sugestões e colocar na lousa: o aniversário de 50 anos da escola, a família, o sol, o beijo e outros. Estimule-os a pensar em tudo o que leram e aprenderam e soltar as idéias e os sentimentos.
8ª Etapa: Após escreverem os poemas, os alunos farão a reestruturação das poesias, em grupo, sempre com o auxílio do professor, onde poderão juntos arrumar, completar, alterar passagens, melhorar, ilustrar e reescrever até que cada autor considere que seu poema está pronto.
9ª Etapa: De posse dos poemas revisados e reescritos para a divulgação, os alunos entregarão uma cópia ao professor e colocará outra no mural da escola para que possam ser apreciadas pelos colegas de outras turmas. Também escolherão as três melhores poesias da turma para que possam competir no Concurso de Poesias com as outras turmas. As melhores poesias serão editadas em uma coletânea e apresentadas no Concurso de Intérpretes. Também cabe ao professor, em conjunto com a direção, fazer a edição e em parceria com os alunos a divulgação e a organização do lançamento, o qual deve ser um evento festivo que contará com a presença de toda a comunidade escolar, dos pais e familiares.
10ª Etapa: A publicação dos poemas é um momento importante, mas também é imprescindível fazer uma avaliação com os alunos, retomando todas as etapas do projeto fazendo um balanço dos avanços alcançados durante todo o desenvolvimento da proposta, uma análise de seus progressos e das dificuldades que precisam ser superadas, para continuar progredindo na construção do conhecimento.
6. ORÇAMENTO
As despesas relativas ao material de reprodução dos textos para os alunos (sulfite) serão arcadas pela escola. Quanto aos custos relativos à edição da coletânea e Concurso de Intérpretes, a escola tentará parcerias, caso não consiga arcar sozinha com as despesas.
6. CRONOGAMA

ATIVIDADES MESES                                               MA JUN JUL AGO
Apresentação do projeto aos alunos                              X
Leitura de poesias                                                                  X
Trabalhos relacionados à poesia                                                    X
Produção de poesias                                                                         X
Restauração e escolha de poesias par a coletânea              
Edição da coletânea e varal de poesia



7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer do desenvolvimento do projeto, todos os alunos participarão das atividades relacionadas, mesmo que poucos tenham suas poesias escolhidas e eternizadas na escola. Com esse incentivo acreditamos que nossos alunos se sentirão mais ligados a esse tipo de expressão escrita apreciando a leitura, interpretá-las e talvez até escrevê-las, sanando assim suas dificuldades e aumentando seus conhecimentos.
8. REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo:
Hucitec, 1992.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares De Língua Portuguesa Para Educação Básica. Curitiba, 2006. Disponível na página do Portal Educacional do Estado do Paraná:< http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/pdf/t_p ortugues.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2007.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Projeto de Correção de Fluxo: Língua Portuguesa. Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC, 1997.

RESUMO DO PROJETO: POESIA NA ESCOLA
O contato com a poesia sempre esteve presente em nossas vidas, seja nas cantigas de roda, nas parlendas, nos trava-línguas e nas adivinhas da nossa infância ou nos bilhetinhos, frases de amor nas agendas ou músicas que ouvimos na adolescência. Para muitos de nós a poesia vai-se perdendo com o passar dos anos e alguns culpam a escola por essa perda. Acreditamos, porém, que a escola pode e deve ser um lugar onde a aproximação com a poesia aconteça concretamente, permitindo ao aluno, conhecer autores e estilos, reavivando a capacidade de olhar e ver o que é a essência do poético, através de atividades que permitam uma compreensão maior da linguagem poética e lhe dê condições para que ensaie seus próprios passos em poesia.
O Projeto Poesia na Escola trabalhará a fala, a leitura e a escrita por meio de poemas e atividades de pesquisas, análises, interpretações, exposição de idéias, composições, reescrita, reestruturação, edição de uma coletânea e Concurso de Intérpretes, onde o aluno poderá expor suas emoções através dos recursos tão expressivos da linguagem poética.




domingo, 4 de setembro de 2011

Atividade 1.6 – Reflexão sobre a Aprendizagem

ATIVIDADE 1.6 – REFLEXÃO SOBRE A APRENDIZAGEM: EIXO 1
CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
TUTORA – PAULA EDILMA
CURSISTA – IRANEIDE MARIA SILVA DOS SANTOS


As leituras realizadas, orientações recebidas e discussões realizadas contribuíram para a ampliação de meus conhecimentos sobre esta expressiva metodologia de trabalho. Por ser uma metodologia que tem avançado no contexto escolar a partir da década de 90, ainda possuímos certa dificuldade em nos articular e nos envolver com as diversas disciplinas na construção dos projetos da escola. No entanto, destaco um importante aspecto positivo observado durante o estudo: A maioria dos colegas apresenta compromisso, preocupação e paixão pela escola, pela profissão, pelo ato de ensinar/construir conhecimento, bem como de aprender. Porém, há angústias manifestadas diante das condições de trabalho, motivo pelo qual, não estão conseguindo dedicar o devido tempo para estudo e planejamento coletivo, para construir projetos, para preparar uma aula diferente, de atender o aluno individualmente ajudando-o a superar as dificuldades apresentadas, como também tem aqueles que não se interessam por se acharem incapazes de manusear um computador até mesmo pelo medo do novo, mas apesar disso há a necessidade manifestada de estudar, planejar e projetar coletivamente, sua superação é possível, com luta, coletividade e compromisso.
No entanto, hoje, graças principalmente às tecnologias de informação e comunicação, o acesso ao conhecimento está mais diversificado, infelizmente se percebe o mau uso dessa nova ferramenta por parte dos alunos, onde os mesmos não procuram usar de maneira sábia e proveitosa, por terem mais tempo que o professor para está na frente de um computador.
O computador ajuda os alunos a comunicar e a colaborar em atividades comuns, fornecendo também um prestimoso auxílio nos processos de coordenação e organização de atividades.

“PROPOSTAS DE PROJETOS”

CURSO PROINFO
EIXO: I
CURSITA: IRANEIDE MARIA SILVA DOS SANTOS
PROPOSTA DE PROJETOS
TUTORA: PAULA EDILMA
DATA: 04 DE SETEMBRO DE 2011.

A)QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES QUE AS LEITURAS PROPORCIONARAM PARA A MINHA PRÁTICA PEDAGÓGICA?

   As leituras sempre são de bastante contribuição para a minha prática pedagógica, pois procuro me atualizar e sei que as novas tecnologias de informação e comunicação são usadas para expandir o acesso a informação atualizada e, favorece a criação de ambientes de aprendizagem que privilegia a construção do conhecimento, a comunicação e a inter-relação entre disciplinas.
   Aprendi a diferença e como trabalhar melhor com projetos, sabendo aproveitar melhor os conhecimentos que os alunos trazem de sua realidade, bem como suas experiências, necessidades e desejos. Pois só assim o educador se aproximará mais do seu aluno e haverá uma interação maior entre ambos no aprendizado. É interessante a atuação do professor e os três pontos fundamentais que um profissional da educação deve ter conhecimento ao trabalhar com projetos são: as possibilidades de desenvolvimento de seus alunos, as dinâmicas sociais do contexto em que atuam, as possibilidades da sua mediação pedagógica, com isso, propiciando o desenvolvimento da autonomia do aluno e a construção de conhecimento de outras áreas distintas do saber. Portanto, trabalhar com projeto requer mudanças de concepção de ensino e aprendizagem, como também na postura do professor.

B) É POSSÍVEL OCORRER APRENDIZAGEM POR MEIO DE PROJETOS? COMO ISSO OCORRE NA PRÁTICA?

  Sendo realmente através de projeto com certeza ocorre aprendizado tanto para o aluno como para o professor, pois com projetos de aprendizagem se respeita os diferentes estilos e ritmos de  trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor que planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem e cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento. O educador leva em conta suas dúvidas, curiosidades e indagações a partir de seus conhecimentos prévios, valores, crenças, interesses e experiências.
   O educador que trabalha com projeto é um consultor, mediador, articulador, orientador especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno. A criação de um ambiente de confiança, respeito às diferenças e reciprocidade de aprender a partir dos seus próprios erros. Então, diante de todo esse processo só podemos dizer que houve sim uma aprendizagem significativa para a vida do educando
C)QUAL A IMPORTÂNCIA DE PAULO FREIRE E SAYAMOUR PARA A EDUCAÇÃO?

Foi de suma importância, pois Paulo Freire foi responsável pelo método que consiste numa proposta para a alfabetização de adultos, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases de forma forçosa que comumente se denomina como linguagem de cartilha. Nisso concebe educação como reflexão sobre a realidade existencial. Articular com essa realidade nas causas mais profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir sempre os fatos particulares na globalidade das ocorrências da situação, na aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma releitura do mundo.  Partindo da visão de um mundo EM ABERTO, a ser transformado em diversas direções pela ação dos homens.
      Paulo Freire atribui importância ao momento pedagógico, mas com meios diferentes, como praxis social, como construção de um mundo refletido com o povo.  O diálogo é o elemento chave onde o professor e aluno sejam sujeitos atuantes. Sendo estabelecido o diálogo processar-se-á a conscientização porque é horizontalidade, igualdade em que todos procuram pensar e agir criticamente; é horizontalidade, igualdade em que todos procuram pensar e agir criticamente.
   Com o método de Paulo Freire, a palavra geradora era subtraída do universo vivencial do alfabetizando. A educação é conscientização. É reflexão rigorosa e conjunta sobre a realidade em que se vive de onde surgirá o projeto de ação. A palavra geradora era pesquisada com os alunos. Assim, para o camponês, as palavras geradoras poderiam ser enxada, terra, colheita, etc.; para o operário poderia ser tijolo, cimento, obra, etc.; para o mecânico poderiam ser outras e assim por diante.
   Já Saymour, para a educação foi na parte tecnológica. Ele é um dos maiores visionário do uso da tecnologia na educação. Par pet, desenvolveu uma linguagem de programação totalmente voltada para a educação, o Logo. Mas a comunidade pedagógica só passou a incorporar suas idéias a partir dos anos 80. E com isso a evolução do computador e da internet na escola conseguiram chegar até as instituições de ensino, com base nas pesquisas podemos mostrar a capacidade do computador como instrumento.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Síntese da leitura de Lev Vygotsky (1896 – 1934)

A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
Segundo Vygotsky todo aprendizado é necessariamente mediado tornando o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante e cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno, pois o ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidades que ainda não domina completamente, “puxando” dela um novo conhecimento.
O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Síntese do texto Projeto de vida



Projeto de vida

Nilson José Machado
Professor Titular, Faculdade de Educação da USP
Entrevista - Diário na Escola, Santo André, 2004.

Projeto é lançar-se para o futuro, com orientação. Dentro deste contexto de projeto não cabe uma proposta fechada que seja imposta para os alunos. Eles precisam lançar-se para um futuro aberto e não criado.
O professor titular e diretor do departamento de metodologia do ensino e educação comparada da Faculdade de Educação da USP, Nilson José Machado, defendem estas idéias e diz acreditar que o destino escolar dos estudantes está ligado à capacidade deles de estabelecer projetos e de criar interrogações, expectativas e interesses para lançarem-se sobre eles.  
Segundo Machado, o fundo filosófico para o conceito de projetos vem de um pensador espanhol, Ortega y Gasset, que falava de futurição – um termo que pode ser entendido como lançar-se sempre para o futuro.
O professor afirma que os projetos podem ser considerados em diversas escalas. Mas no âmbito escolar, ele afirma que os projetos devem estar diretamente ligados ao conceito de cidadania, deve sempre existir o risco, mas não a impossibilidade, a existência de um projeto está ligada à dúvida, ao estudo e a uma meta em aberto. Cada aluno precisa ter uma pergunta, uma dúvida, coisas que pedem discussão, pesquisa e geram incerteza e, conseqüentemente, interesse. Para o educador, os projetos não precisam estar presos apenas a pesquisas de assuntos sofisticados para despertar o interesse e a criatividade dos estudantes.
John Dewey (1859-1952) pensava a escola como uma micro-sociedade e não só como uma preparação para o futuro.
Segundo Nilson José Machado, espaços para interação pessoal entre alunos e educador sem que sejam espaços de contato com hora marcada. “Tem que ser um espaço natural de convivência.”
“As escolas deveriam parar de propagandear quantos alunos colocam na faculdade, para mostrar quantos deles se formaram. Aí sim estarão mostrando que realmente prepararam bem os estudantes. Uma escola precisa ser avaliada pela formação que dá e não por quantos estudantes coloca no curso superior.”
Portanto, deveria haver sempre o desenvolvimento de projetos, naquele sentido do aluno, da criança, do adolescente, projetar-se para frente, para o futuro, com uma meta a ser alcançada, com uma dúvida a ser respondida, com busca de conhecimento. Proporcionando o desenvolvimento de projetos reais e substanciais para o futuro do aluno, preparando-o inclusive para seus projetos de vida.

domingo, 17 de julho de 2011

Garota Camponesa é do Povoado da Cruz

Durante a Feirinha de Sant’Ana neste sábado (16) foi eleita a Garota Camponesa 2011. Concorreram as comunidades: Trangola, Cruz, Mina Brejui, Boa Vista e Catunda, estiveram representadas por lindas garotas.
A Garota Camponesa 2011 é Bárbara da Escola Justino Dantas do Povoado da Cruz.





O grande empenho das professoras Íris Lucimar, Goreti e da vice diretora Fátima Santos é que se deu essa vitória para nossa escola. Parabéns para Bárbara e as que se empenharam para que isso fosse possível.